me salvei do mundo
me tranquei numa caixa de sapatos
rodopio num vestido de cetim amarelo
num sapato preto
risos que me fazem parecer contente
me tornei lagarta e nunca borboleta
não preciso de asas sou poeta
pego minha bicicleta e faço um circulo
por onde eu vou o céu pinta violeta
vou pro fundo
me fiz espinhos
pessoas repelem meus sentimentos
eu penduro todos no meu quintal
observo a formiga e tomo café na pia
sozinha, só minha
de vez em quando aparece pragas
afinal até as caixas tem suas traças
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