08/03/2016

Para Leila

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Querida Leila, ainda sinto saudade. Lembra quando me deitava sobre você e contava suas pintas? Pois é, eu lembro daqueles dias com tanto amor que falto transbordar. Eu ainda te amo, ouso a pensar que você, Leila, é meu único amor, desde vidas distantes. Aquela tarde de domingo, preparamos juntos o almoço, depois passamos a tarde deitados em sua cama cantando música antiga e nos beijando, foi ali que me encantei ainda mais por você. Seu vestido azul rodado, tirei de seu corpo com mãos famintas e tu fez o mesmo comigo, seu beijo ainda faz arder meu estomago.

Leila, você sabe que fiz tudo que pude, mas seu espirito é livre e o meu desaprendeu a tempos de voar. Sei que antes de desistir tu tentou de tudo, fez o que fez para o amor durar, eu sei. Entendo. Porém você sabe que meus sentimentos são tão fortes que não consigo controla-los, eles dominam minha vida, os controlei por você e agora que foste embora, eles me engoliram.

Ver teus olhos sem espirito me faz querer morrer, teus lábios perderam aquele vermelho que nem precisava de batom, seu seio não consegue controlar o sangue, tu já se foi. Olhou nos meus olhos e eu consegui sentir a morte te buscar.  Eu não queria, eu juro, sabes que sou homem de palavra, os monstros não me deixam em paz. A arma ainda está em minha mão, não quero ir embora. Deitada em teu cálido amor, parece-me tão bela quanto antes. Deixo-me cair em teu lado e posiciono a arma em minha cabeça confusa e barulhenta, uma só é suficiente, é isso minha querida, te encontro em qualquer lugar por aí.

Aquele que sempre te amou,
Adeus.

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