28/04/2016

viva simplesmente

link
Hoje quando acordei esperava um dia normal, lavar a cara, tomar café, ler e ajudar nas tarefas de casa. Um dia normal costuma passar rápido, resolvendo problemas ali, trabalhando aqui, quando percebemos as 24 horas escorregaram de nossas mãos. O tempo corre. Para alguns, desperdiçar tempo é um grande pecado, apoiam a ideia de que devemos aproveitar a vida, ver o mundo, viajar com a mochila nas costas, fazer acontecer. Para outros o tempo não passa de um ponteiro que nos orienta. Eu sou os dois, afinal o tempo é só um ponteiro mesmo, o que fazemos com ele é que se torna magico.

Ficar neurótico com essas coisas é "perder tempo". Em um momento atrás, ficava pensando na minha estupida perca de tempo, passava horas planejando coisa que iriam "mudar minha vida", acabou que não fiz nada que planejei. Sustento a ideia de que o tempo é diferente para cada um, essas 24 horas podem ser eternizadoras ou velozes.

Trabalhar, ter uma família, passar dias e dias na mesmice, é a escolha de muitos, e não é que seja mais fácil que pegar uma mochila e acampar pelo mundo, muito pelo contrario. Fincar raízes é muito mais difícil. Lidar com rotina e com pessoas, na maioria das vezes, submissas ao egoismo é uma tarefa complicada. Ter uma vida em que o tempo não passa de um ponteiro rápido é algo comum, porém difícil.

Devemos aproveitar nossas vidas, sem indagar coisas mesquinhas. Deveríamos nos lambuzar de coisas simples, nos despir da soberba e andar com pés descalços na polidez de nossa alma. Hoje, enquanto passava de moto pela cidade, avistei um casal de velhinhos, mãos dadas andando pelas ruas, um sustentando o outros na plenitude do tempo. As pessoas passavam por eles e viam o que qualquer "normal" via. Eu, externizadora de loucura, vi a simplicidade da vida, me questionei sobre o tempo e fiz esse texto. Aqueles velhinhos me mostraram que tudo é questão de deixar ir, deixa o tempo pra lá, viva simplesmente, simplesmente viva. Faça do seu dia, o melhor dia da sua vida.

Nenhum comentário

Postar um comentário