15/11/2016

Mais um dia | Rua Chagas, 139


ela acorda e enxerga a luz na janela
as memórias da noite passada
a cabeça pesada
e o coração afundado em desespero
incolor foram os sonhos
preto e branco
dolor

na fotografia na mesa seu rosto sorri
seus olhos são galáxias
mas quando volta com os pés no chão
a tristeza lhe oferece abrigo
e nunca mais saiu de lá
seus olhos não tem brilho
faz um tempo
em um tempo

foi a morte da felicidade dentro de seu seio
e a angústia lhe presenteia todas as noites
suspiros fundos
olhos escuros
não sabem mais sorrir

assim foi
assim foi que ela partiu

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